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Projeto social em Barra Mansa pede ajuda

Criado há cinco anos pela artesã e costureira, Carla Messias, a entidade filantrópica Mirim Barra Mansa, mais conhecida como Projeto Mirim, está urgentemente precisando de ajuda para continuar seus trabalhos.
Criado com o objetivo de ensinar atividades artesanais para que jovens entre oito a 16 anos não fiquem ociosas nas ruas, a artesã não sabe afirmar até quando poderá continuar com as atividades, pois segundo ela, ‘tem dia que não tem material para as crianças praticarem e é preciso mandá-las de volta pra casa'.
De acordo com a idealizadora, o projeto funcionou durante três anos no bairro Vila Maria, em Barra Mansa, onde promovia atividades artísticas e profissionais para cerca de cem jovens entre oito e 16 anos de idade em um galpão no bairro, mas teve que interromper as atividades por falta de recursos. Outra dificuldade é porque não passou na vistoria da Casa dos Conselhos, que tem como função ampliar as ações e melhorias do trabalho no município dentro da Política Nacional de Assistência Social.
Os cursos, segundo Carla, eram realizados de segunda a sexta-feira nos em horários de manhã e de tarde, mas devido à interrupção das aulas no bairro Vila Maria, foi necessário improvisar a infraestrutura. Atualmente o projeto funciona com apenas cinquenta crianças, na casa de número 390 no Bairro Boa Vista, próximo à sua casa. As aulas continuam nos mesmos horários, só que uma vez por semana sendo oferecidas aulas de pintura em tecido e tela, e preparação de caixas de MDF.
- Nossa maior dificuldade é na hora da compra de material para as aulas e também para preparar o lanche dos alunos. Hoje a única ajuda vem de 20 comerciantes do bairro 207, em Volta Redonda e em torno de 15 comerciantes do bairro Boa Vista, que colaboram doando entre R$ 5 a R$ 10, o que dá em média algo como R$ 400 por mês para as despesas. Este é o único dinheiro que temos para tocar o projeto - lamenta.
A artesã explica que com o dinheiro arrecadado compra o materiais e lanches dos alunos, e observa que algumas peças confeccionadas são doadas aos comerciantes que colaboram com o projeto, já a outra parte é vendida para arrecadar finanças para a compra de mais materiais.
- Os jovens podem permanecer no projeto até completarem 16 anos, dando assim a vaga para novos alunos. No caso de algum aluno desistir do curso antes de completar 16 anos, o número de vagas disponíveis aumenta ainda mais. Por isso peço a sensibilização de todos para nosso projeto que precisa de tão pouco para continuar aberto e continuar com as atividades - lamenta. No momento o projeto não tem o apoio de nenhum órgão público, mas teve a doação de 25 jogos de cadeiras estudantis cedidas pelo conselho de assistência social de Barra Mansa e que estão sendo bem aproveitadas.

Regularização

Para Sebastião Antônio, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), toda entidade que trabalha com crianças precisa fazer a sua inscrição no CMDCA, no caso da entidade organizada por Carla, pode haver alguma pendência de documentos.
- Por este motivo, eu a aconselho que nos procure o quanto antes na secretaria de desenvolvimento econômico, para pegar o questionário com a relação de documentos necessários para a inscrição e nos apresente para que assim possamos ajudá-la - explica.
Em nota, a secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Barra Mansa informou que a senhora Carla Messias já procurou a secretaria e foi orientada sobre os processos necessários para regularizar a documentação do projeto e conveniá-lo à prefeitura. No entanto, até a presente data, ela ainda não procurou os responsáveis para efetivar a regularização. A secretaria informou ainda que o município recebeu uma doação de cadeiras e essas foram repassadas, no primeiro semestre, para o projeto visando sua continuidade. Vale destacar que para obter recursos públicos, é necessário que o projeto seja aprovado pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.Fonte:DiáriodoVale