Muito mais que patrocinar a produção de filmes, o edital Histórias
que Ficam, da Fundação CSN, tem sido reconhecido por promover a reflexão
sobre o processo de criação de um documentário. Para isso, escolheu
quatro projetos para receberem consultoria de nomes reconhecidos no
cinema em todo o mundo e ainda vem promovendo encontros abertos à classe
cinematográfica para troca de informações e experiências. No sábado
(30.04), o foco da reflexão será na MONTAGEM. O debate “Histórias que
Ficam: Montagem no Audiovisual – Construções narrativas a partir do
material bruto” será aberto ao público e vai contar com a presença de
Daniel Rezende, indicado ao Oscar de Melhor Montagem e vencedor do Bafta
por “Cidade de Deus”, também responsável por “Tropa de Elite”, “Ensaio
sobre a Cegueira”, “Robocop” e “Árvore da Vida”. Rezende estará ao lado
de Karen Harley, de “Que Horas Ela Volta”, “Big Jato”, “Janela da Alma” e
“Cinema, Aspirinas e Urubus”, pelo qual recebeu o prêmio de melhor
montagem da Academia Brasileira de Cinema e do diretor Rodrigo Siqueira,
que conquistou o prêmio de melhor filme brasileiro no É Tudo Verdade”
(2010), pelo documentário “Terra deu, terra come” e o APCA (2015) de
melhor documentário por “Orestes”.
Durante o bate-papo, conduzido pela produtora, diretora,
roteirista e consultora Daniela Capelato, os profissionais que
transformam horas de imagens nos minutos vistos na tela, falam sobre a
construção da narrativa, mostram e comentam trechos do cinema mundial. A
conversa, aberta ao público e gratuita, será no sábado (30.04), às 15h,
no Unibes Cultural (Rua Oscar Freire 2.500). Haverá a distribuição de
senhas a partir das 14h.
“Temos o compromisso de aproveitar ao máximo e de forma
democrática o dinheiro público investido no edital da Fundação CSN. Por
isso, temos realizado encontros abertos ao público ao longo do edital
Histórias que Ficam. O primeiro encontro foi com o consultor de roteiros
Miguel Machalski. Agora, teremos um time de primeira para debater na
montagem”, explica André Leonardi, Gerente Geral da Fundação CSN.
Histórias que Ficam – O programa com o patrocínio da CSN, por
meio da Lei Federal de Apoio à Cultura/Ministério da Cultura, apoia
quatro documentários brasileiros, selecionados entre 273 inscritos. Os
vencedores da 2ª edição são Pedro Rocha, de Fortaleza, Carolina
Benjamin, do Rio de Janeiro, Francisco Guarnieri, de São Paulo e
Priscilla Brasil, de Belém.
Cada realizador recebe até R$ 330 mil. Além do valor em dinheiro,
há os laboratórios de desenvolvimento de projeto/produção, o de
montagem e o de distribuição, e os vencedores contam com consultoria online permanente
de Marcelo Gomes e de Daniela Capelato. Finalizados, os filmes
participarão da Mostra Itinerante Histórias que Ficam e serão exibidos
gratuitamente em mais de vinte cidades de todas as regiões do Brasil.
O debate do dia 30 precede o laboratório de Montagem da segunda
edição do Histórias que Ficam, com Karen Harley, Daniela Capelato e o
diretor e roteirista Marcelo Gomes, de 02 a 06 de maio.
Sobre documentários selecionados:
Corpo Delito, de Pedro Rocha
Um jovem sai da cadeia, mas continua preso a uma tornozeleira
eletrônica. Agora, para reconquistar sua liberdade, ele precisa de
dinheiro e de uma maneira de burlar o GPS da polícia. Para isso, terá a
ajuda de um amigo.
Iramaya, de Carolina Benjamin
Iramaya conta a história de Iramaya Benjamin, uma dona de casa
cujos filhos foram presos e torturados pela ditadura militar na década
de 1970. O documentário mostra o despertar político de uma mulher que,
ao se engajar na luta para tirar seus filhos da prisão, é levada a
repensar seu lugar na sociedade.
Guarnieri, de Francisco Guarnieri
No documentário Guarnieri, Francisco parte da vida e da memória
de seu avô, o ator e dramaturgo Gianfrancesco Guarnieri, para investigar
através de duas gerações, a engajada de seu avô e a individualista de
seu pai, o lugar de sua própria geração na história, nas artes e no
mundo.
O Céu e a Selva, de Priscilla Brasil
Em um setor desaquecido pela crise na economia do país, 6 pilotos
buscam maneiras de se manter na profissão sobrevoando os desafiadores e
imprevisíveis céus da Amazônia.
Sobre a CSN
A CSN, ao longo do tempo, consolidou-se como uma das maiores
patrocinadoras de cinema no Brasil. Entre 2006 e 2016, 43 filmes foram
desenvolvidos com o apoio da CSN. No catálogo de obras realizadas com o
apoio da empresa, estão títulos como: “Tropa de Elite” (I e II),
“Paraísos Artificiais”, “Terra Vermelha”, “O Contador de Histórias”,
“Além da estrada”, e os documentários “Quem se importa”, “Garapa”,
“Doutores da Alegria”, “A Raça-Síntese de Joãosinho Trinta”, “Sem Pena”
entre outros. Nos últimos 10 anos, a CSN incentivou R$ 155 milhões em
projetos culturais, esportivos e de assistência social.
Sobre a Fundação CSN
A Fundação CSN, braço social da CSN, tem sua atuação focada,
sobretudo, nas áreas de educação, cultura, esporte e assistência social.
Desenvolve projetos que colaboram para a inclusão social, como o Garoto
Cidadão. Com atividades culturais no contraturno escolar, o projeto
atende atualmente a 1.500 crianças e adolescentes em cinco cidades dos
estados do Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
Pratica política de bolsas de estudo que democratiza o acesso à
educação em duas escolas técnicas mantidas pela instituição, uma em
Congonhas (MG) e outra em Volta Redonda (RJ). Desenvolve também o
Capacitar Hotelaria e Serviços, no Hotel-Escola Bela Vista, voltado a
jovens da rede pública de ensino do Sul Fluminense.
Debate “Histórias que Ficam: Montagem no Audiovisual – Construções narrativas a partir do material bruto”, com Daniel Rezende, Karen Harley e Rodrigo Siqueira
Unibes Cultural
Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500, ao lado do metrô Sumaré
Horário: 15h
Número de lugares: 296
Entrada: Gratuita – inscrições por ordem de chegada, distribuição de senhas a partir das 14h – sujeito à lotação da sala