O Instituto Vladimir Herzog defendeu, em nota, que os deputados
federais expulsem “de seu convívio” Jair Bolsonaro (PSC-RJ). No domingo,
o parlamentar, durante votação do pedido de impeachment da presidente
Dilma Rousseff, na Câmara, exaltou a ditadura militar e a memória do
coronel reformado Carlos Brilhante Ustra, morto no ano passado e que foi
chefe do Doi-Codi de São Paulo, um dos mais sangrentos centros de
tortura do regime militar.
“Aos deputados federais – todos
eles, de todos os partidos, seja qual for o lado em que estiveram na
votação do último domingo – incumbe expulsar de seu convívio,
imediatamente, uma figura abjeta como essa, que faz a apologia do crime
covarde que é a tortura”, afirmou o Instituto.
Ustra comandou o Doi-codi entre 1971 e 1974. Nos
últimos anos, procuradores da República em São Paulo vinham tentando
processá-lo por tortura e morte de vários militantes que foram
encarcerados nas dependências daquela unidade militar do antigo II
Exército em São Paulo. Há sete anos, Ustra é declarado torturador pela
Justiça, após decisão do TJ de São Paulo.
Durante a votação do
impeachment, Bolsonaro disse. “Perderam em 1964, perderam agora em
2016. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São
Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor
de Dilma Rousseff, pelo exército de Caxias, pelas Forças Armadas, o meu
voto é sim.” Na nota, a entidade manifestou “sua indignação contra essa
abominável pregação”.http://odia.ig.com.br/brasil/2016-04-21/instituto-defende-que-jair-bolsonaro-seja-expulso.html