Queda é reflexo do elevado custo de crédito, do alto nível de endividamento e do aumento do desemprego, segundo CNC
No confronto com abril de 2015, o ICF encolheu
28,8%, apontou a CNC. Todos os componentes da pesquisa apresentaram
queda. "A reversão desse cenário está diretamente associada a um quadro
político e econômico mais estável", afirma Juliana Serapio, assessora
econômica da CNC.
Os componentes ligados às compras foram os que
apresentaram as maiores quedas, com destaque para o consumo de bens
duráveis, que registrou recuo de 10,1% ante março e de 43,6% em relação a
abril de 2015. A maior parte das famílias, 74,8%, considera o momento
atual desfavorável para aquisição desse tipo de bem.
Já o nível de consumo atual caiu 8,0% em relação a
março e cedeu 38,3% no confronto anual. Ao todo, 62,6% declararam estar
com o nível de consumo menor do que no ano passado.
Os
indicadores relacionados ao emprego foram os que tiveram queda menos
intensa. Mesmo assim, atingiram o mínimo histórico. O índice de emprego
atual teve retração de 2,7% em relação a março e caiu 15,7% ante abril
de 2015. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação
ao emprego é de 30,1%, enquanto a fatia das que se sentem menos seguras
chegou a 27,3%.
Além disso, dos 18 mil entrevistados,
47,1% consideram o cenário de emprego para os próximos seis meses ruim. A
previsão da Divisão Econômica da CNC é que, em 2016, o volume de vendas
do varejo apresente retração de 4,5% no segmento restrito e queda de
8,8% no varejo ampliado, que inclui os setores de veículos e materiais
de construção.http://economia.ig.com.br/2016-04-20/intencao-de-consumo-das-familias-cai-55-e-atinge-novo-minimo-historico.html