433 mil mortes poderiam ser evitadas se a gente ficasse menos tempo sentado
Quem trabalha em escritório sabe: não é difícil ficar as oito horas
de trabalho sentado. Com esse comportamento, você pode estar aumentando
seu risco de morte e não é pouco. É o que aponta uma pesquisa
desenvolvida na USP (Universidade de São Paulo) e na UFPel (Universidade
Federal de Pelotas). Os doutorandos pegaram artigos e
inquéritos da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o tempo médio de
permanência sentado em 54 países e relacionaram esses dados com uma
meta-análise publicada na revista científica PLoS ONE. Essa é uma técnica estatística feita para integrar resultados de dois ou mais estudos sobre uma mesma questão de pesquisa.
E o resultado do estudo foi que até 4% das mortes no mundo poderiam ser
evitadas se o tempo que as pessoas passam sentadas reduzisse três
horas. Isso representa 433 mil pessoas por ano. Ficar
sentado 4 horas, aumenta o risco de morte em 2%; 5 horas, 4%; 6 horas,
6%; 7 horas, 8%. A partir daí o risco aumenta: 8 horas, 13%; e 9 horas,
18%" Leandro Rezende, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP Segundo o educador físico, um dos autores do estudo, esses riscos estariam relacionados com alterações cardiovasculares, alguns tipos de câncer, diabetes e colesterol.
"Ficar muito tempo sentado diminui a expressão de óxido nítrico do
organismo. Ocorre ainda a diminuição da ativação de uma enzima, a lipase
lipoproteica, que é importante no metabolismo oxidativo, no controle de
triglicérides, colesterol e outros fatores de risco metabólicos",
disse.
Risco de infarto
José Luís Aziz, diretor da
Sociedade Brasileira de Cardiologia, afirma que vários estudos já vêm
trabalhando nesta linha e que os riscos de saúde são reais. "Ficar muito tempo sentado aumenta o risco de infarto, por exemplo, e você ainda aumenta o risco de trombose nas pernas", diz. Isso porque, segundo ele, o metabolismo diminui enquanto estamos sentados. Quando
você se movimenta, a circulação sanguínea melhora por conta da dilação
dos vasos. Há um aquecimento do corpo e você filtra mais líquido. Tudo
isso melhora" José Luís Aziz, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia Aziz
comenta, ainda, que o indivíduo sedentário ganha peso e começa a
desencadear diversos outros fatores na saúde, como aumento da pressão
arterial e resistência à insulina, por exemplo. "Quando você faz atividade, algumas substâncias são liberadas do ponto de vista
cardiovascular. Você tem um relaxamento da musculatura periférica e
isso traz uma vasodilatação, fazendo com que o coração trabalhe mais
fácil."
O que fazer?
Para mudar essa prática, é
fundamental que o ambiente social seja alterado de alguma forma, avalia
Leandro Rezende, da Medicina da USP. "É preciso tornar as
opções mais saudáveis de deslocamento e lazer convenientes. Isso porque
se você tiver que fazer um sacrifício muito grande para se deslocar a pé
ou ir ao trabalho de bicicleta, vai acabar não fazendo", diz.
Ele sugere que pequenas reuniões de trabalho, por exemplo, sejam feitas
andando. "É possível fazer reuniões saindo do prédio e dando uma volta
no jardim da empresa. Isso num ritmo confortável, que dê para
conversar." Almoçar fora da mesa de trabalho, fazer pequenas
pausas ao longo do dia para beber e ir ao banheiro e ginástica
laboral são práticas bem-vindas. "Você tem que se movimentar para que o
sangue que é bombeado pelos músculos da perna volte ao coração", afirma o
cardiologista. "Vá buscar café, levante. Agora se você colocar uma
jarra de água na mesa e tomar ali mesmo não é legal."
Doutor Honoris Causa em Educação e Direitos humanos; Atual servidor na Prefeitura Municipal de Resende/RJ; Ex- Assessor de Gabinete do Prefeito na Prefeitura Municipal de Barra Mansa/RJ; Ex-servidor da Fundação Beatriz Gama de Volta Redonda/RJ. Eleito por três mandatos no Conselho Superior do Instituto Federal do Rio de Janeiro e dois no Conselho Municipal de Juventude de Barra Mansa/RJ. Consultor ad hoc da Associação Mineira de Pesquisa e Iniciação Científica, avaliando os trabalhos de Iniciação Científica e Tecnológica da 4ª Feira Mineira de Iniciação Científica (4ª FEMIC); Selecionado avaliador em um importante Prêmio de Inovação no estado de Minas Gerais e um outro no Espírito Santo em 2022. Encerrou 2022 recebendo homenagem do Governo Federal através do Programa Pátria Voluntária.
O título Doutor Honoris Causa confere honra e reconhecimento à importante trabalho prestado em Educação e Direitos Humanos- A homenagem é chancelada pela Faculdade FEBRAICA e a cerimônia aconteceu na OAB-Niterói em julho de 2022.