Presidente da Câmara dos Deputados afastado e senador são acusados de esquema em Furnas
Rio
- O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou nesta quarta-feira a abertura de inquérito contra o
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), por denúncias de
corrupção em Furnas e autorizou o início da coleta de provas. Também no
Supremo, o ministro Gilmar Mendes será o relator do pedido de abertura
de inquérito contra o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), por
suposto envolvimento no mesmo esquema. Se Gilmar definir que há
elementos suficientes para autorizar a abertura do inquérito, Aécio será
formalmente investigado no STF.
A denúncia tem como base um escândalo investigado desde 2007 e tramita em segredo de justiça na Corte. O caso chegou a ser liberado para julgamento pelo plenário em fevereiro, mas o ministro o retirou da pauta dias depois. “Estou examinando (os autos) porque acabei fazendo algumas diligências. O processo está no meu gabinete e pretendo em breve dar algum encaminhamento”, garantiu.
Propina para beneficiar ex-amante
A denúncia contra Renan chegou ao STF em 2013. A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou, na denúncia oferecida ao STF, que Renan recebeu propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o peemedebista teria as despesas pessoais de Monica pagas pela empresa.
Na decisão da semana passada de afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara e do mandato eletivo, o STF entendeu ser inadmissível que um parlamentar, por ser réu em processo penal, ocupe cargo com prerrogativa de assumir a presidência da República na hipótese de vacância do titular e do vice. O mesmo entendimento pode ser aplicado a Renan, que também está na linha sucessória do cargo máximo do Executivo. Renan é investigado em outros dez processos, nove dos quais na Lava Jato. O décimo apura o envolvimento do senador em esquema de venda de emendas provisórias revelado pela Operação Zelotes.
Os pedidos para investigar Aécio e Cunha foram
feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base na
delação premiada do ex-senador do PT, Delcídio Amaral. Ele apontava uma
grande organização criminosa que tinha Cunha como um dos líderes.
Delcídio afirmou que, “sem dúvida”, o tucano recebeu propina no esquema
de Furnas e o caso envolvia inclusive as mesmas empreiteiras
investigadas na Lava Jato.
Também ontem o ministro do STF, Edson Fachin, anunciou
que pretende submeter em breve ao plenário da Corte o oferecimento da
denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no
caso da jornalista Monica Veloso, com quem ele mantinha relacionamento
extraconjugal. Se os ministros aceitarem a acusação, Renan passará a
ser réu na denúncia por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso
de documento falso, o que pode afastá-lo da linha sucessória da
presidência da República. A denúncia tem como base um escândalo investigado desde 2007 e tramita em segredo de justiça na Corte. O caso chegou a ser liberado para julgamento pelo plenário em fevereiro, mas o ministro o retirou da pauta dias depois. “Estou examinando (os autos) porque acabei fazendo algumas diligências. O processo está no meu gabinete e pretendo em breve dar algum encaminhamento”, garantiu.
Propina para beneficiar ex-amante
A denúncia contra Renan chegou ao STF em 2013. A Procuradoria-Geral da República (PGR) considerou, na denúncia oferecida ao STF, que Renan recebeu propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o peemedebista teria as despesas pessoais de Monica pagas pela empresa.
Na decisão da semana passada de afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara e do mandato eletivo, o STF entendeu ser inadmissível que um parlamentar, por ser réu em processo penal, ocupe cargo com prerrogativa de assumir a presidência da República na hipótese de vacância do titular e do vice. O mesmo entendimento pode ser aplicado a Renan, que também está na linha sucessória do cargo máximo do Executivo. Renan é investigado em outros dez processos, nove dos quais na Lava Jato. O décimo apura o envolvimento do senador em esquema de venda de emendas provisórias revelado pela Operação Zelotes.