Senado Federal decidiu, por maioria, afastar Dilma por 180 dias do cargo. Confira a trajetória da mineira
Rio
- Eleita a primeira presidente mulher do país com 55 milhões de votos
em 2010 e reeleita com 54 milhões no pleito seguinte, Dilma Rousseff foi
afastada do cargo por 180 dias nesta quinta-feira, depois de um ano e
meio de seu mandato após a reeleição. O Senado Federal aprovou o
processo de impeachment da petista com com 52 votos. Outros 22 senadores
foram contra.
Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947 e passou a juventude lutando contra a ditadura militar sendo chamada de "Joana d'Arc da subversão". No Rio, casou-se com o advogado gaúcho Carlos Araújo.
Foi presa em 1970, em São Paulo, e torturada pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) por 22 dias (com palmatória, socos, paus de arara e choques elétricos). Foi libertada em 1973 e teve os direitos políticos cassados por 18 anos.
Em 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acolheu um dos pedidos de impeachment contra Dilma dando prosseguimento à sua derrocada.http://odia.ig.com.br/brasil/2016-05-12/eleita-com-545-milhoes-de-votos-dilma-rousseff-e-afastada-da-presidencia.html
Em seu último dia na função, Dilma aprovou a retirada da gestão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Casa
Civil da Presidência e a devolveu para o Ministério do Planejamento. A
Secretaria do PAC havia sido transferida para a Casa Civil em março
deste ano.
A partir de hoje, seu vice, Michel Temer
(PMDB), assume o comando do país e já planeja mudanças. O peemedebista
quer cortar pelo menos 10 ministérios do governo. Em conversas no
Palácio do Jaburu, Temer revelou que pretende fazer já amanhã uma
reunião de trabalho aberta para transmissão ao vivo. Neste encontro, em
que reunirá ministros, fará um pronunciamento sobre as medidas
prioritárias que serão adotadas por seu eventual governo.
TrajetóriaDilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte em 14 de dezembro de 1947 e passou a juventude lutando contra a ditadura militar sendo chamada de "Joana d'Arc da subversão". No Rio, casou-se com o advogado gaúcho Carlos Araújo.
Foi presa em 1970, em São Paulo, e torturada pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) por 22 dias (com palmatória, socos, paus de arara e choques elétricos). Foi libertada em 1973 e teve os direitos políticos cassados por 18 anos.
Mudou-se
para Porto Alegre para cursar Economia. Ficou grávida em 1975 da única
filha, Paula Rousseff Araújo. No PDT de Leonel Brizola, foi secretária
de Alceu Collares e Olívio Dutra na prefeitura de Porto Alegre e no
governo gaúcho.
Filiada ao PT desde 2001, ganhou a confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministra das Minas e Energia e também da Casa Civil.
Com
Michel Temer como vice, elegeu-se presidente em 2010, derrotando José
Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Dilma foi a primeira mulher presidente
da República do Brasil. Tomou posse em 1º de janeiro de 2011.
Intensificou os programas sociais, especialmente o Minha Casa, Minha
Vida. O Bolsa Família chegou a 14 milhões de famílias.
Enfrentou
desgaste nos protestos de junho de 2013 e durante a Copa de 2014. A
inflação subia em meio aos escândalos descobertos pela Operação Lava
Jato. Com falta de dinheiro em caixa, o governo deixou de repassar verba
para bancos e autarquias, as chamadas "pedaladas fiscais".
Em 2014, venceu as agressivas eleições, derrotando
Aécio Neves e Marina Silva. A Lava Jato avançava, e a oposição se
acirrava ainda mais com o aumento de impostos e preços de energia e da
gasolina em meio às crises do petróleo e da falta de água. Em fevereiro
de 2015, Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara, iniciando o
combate frontal à presidente. Cunha fez de tudo para que o governo de
Dilma não tivesse mais nenhuma evolução.
Mais uma vez a Lava Jato
avança e os panelaço evoluem para manifestações de massa pelo
impeachment da presidente. O juiz federal Sérgio Moro manda a Polícia
Federal levar Lula para depor coercitivamente. A partir desse dia, o
ex-presidente é nomeado ministro por Dilma, o que acirra ainda mais os
ânimos no Congresso.Em 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acolheu um dos pedidos de impeachment contra Dilma dando prosseguimento à sua derrocada.http://odia.ig.com.br/brasil/2016-05-12/eleita-com-545-milhoes-de-votos-dilma-rousseff-e-afastada-da-presidencia.html