Escolas dos EUA pagarão US$ 88 milhões a alunos vítimas de abusos sexuais
O distrito escolar de Los Angeles, nos Estados Unidos, concordou nesta
segunda-feira (16) em pagar US$ 88 milhões a cerca de 30 alunos que
foram vítimas de abusos sexuais por parte de professores em duas escolas
de educação primária, publicou o jornal "Los Angeles Times".
A
indenização faz parte de um acordo extrajudicial entre as famílias e o
distrito escolar, que foi processado pelos alunos por não ter tomado
medidas contra o comportamento dos dois professores antes que ocorressem
suas respectivas detenções.
O primeiro dos casos está
relacionado com a escola De la Torre de Wilmington, em Los Angeles, onde
as famílias de até 18 crianças processaram o distrito por este não ter
agido antes contra o professor Robert Pimentel, contra quem foram
apresentadas queixas por ele ter se mostrado afetuoso demais com os
jovens desde 2002.
Concretamente, um relato de uma funcionária do distrito escolar
denunciou naquele ano que Pimentel tocava e dava palmadas nas nádegas e
nas panturrilhas das meninas pequenas, algo que o próprio professor
admitiu e justificou alegando que estava tomando uma medicação que lhe
provocava um aumento da atividade hormonal.
Apesar de as
acusações contra o professor terem se sucedido nos anos seguintes,
Pimentel não foi detido até 2013, posteriormente julgado e condenado a
12 anos de prisão por abusos.
O outro caso envolve o professor
Paul Chapel III, da escola primária de Telfair, também em Los Angeles,
que não foi investigado, apesar de ter sido despedido de um colégio
anterior, e foi julgado por ter cometido abusos contra um menor, mas
acabou sendo considerado inocente.
Outros professores
denunciaram durante anos que Chapel colocava os estudantes sentados em
seu colo, tentava levá-los para fora da escola em saídas não autorizadas
e se trancava com eles na sala de aula durante as horas de almoço e
recreio.
Anos mais tarde, Chapel foi julgado e condenado a 25
anos de prisão por abusar sexualmente de menores durante mais de uma
década com atos como dar beijos nas partes íntimas dos meninos.
"Estamos contentes porque conseguimos resolver esses dois casos e
evitamos litígios dolorosos", disse um dos advogados que representavam
as famílias litigantes, Gregory McNair.http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2016/05/17/escolas-dos-eua-pagarao-us-88-milhoes-a-alunos-vitimas-de-abusos-sexuais.htm