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Vereadores cobram solução para atendimento médico no Fundamp


Vereador Leiteiro  conclamou aos vereadores que façam uma comitiva para resolver a situação através do Executivo.
A finalidade do Fundamp (Fundo de Atendimento Médico Permanente dos Servidores Municipais de Barra Mansa), como diz seu próprio nome, é fornecer atendimento médico aos funcionários públicos  de Barra Mansa e seus dependentes. Mas o fundo deixa 6 mil usuários sem cobertura médica, pela qual pagam através de desconto em contracheque dos servidores. Esta crise no Fundamp foi motivo de intenso debate na sessão da Câmara de Barra Mansa, na  segunda-feira, 11 de julho. Os vereadores cobraram uma solução urgente para o impasse, que prejudica os usuários e sobrecarrega ainda mais o sistema de saúde do município.
A falta de atendimento médico, principalmente hospitalar, é resultado da suspensão do contrato estabelecido entre o Fundamp e a Salutar, por determinação judicial. O contrato foi celebrado de forma emergencial após a Santa Casa rescindir o convênio com o fundo, em razão de uma dívida de mais de R$1 milhão. A Justiça entendeu que o contrato era irregular e determinou sua suspensão. O presidente da Câmara, vereador José Luiz Vaneli afirmou que enviou ao Fundamp a cópia da ata de reunião realizada entre o conselho deliberativo do fundo e a Santa Casa, em que o hospital aceita o parcelamento da dívida para restabelecer o atendimento.
-O Fundamp quer jogar a responsabilidade da falta de atendimento para o conselho deliberativo, mas ele só apontou que existia inúmeras irregularidades no contrato com a Salutar. A Santa Casa tem interesse em atender os usuários do Fundamp e aceita a renegociação da dívida. Com o dinheiro que iria pagar a Salutar, o Fundamp paga a Santa Casa e retorna o atendimento a seis mil vidas – afirmou Vaneli.
O vereador Rodrigo Drable afirmou que membros do conselho deliberativo, que não foram consultados sobre a contratação com a Salutar, recebem ameaças por terem denunciado o contrato.
-Os funcionários públicos não aprovaram o convênio com a Salutar, que já nasceu irregular. Os membros do conselho ainda sofrem ameaças para aprovarem o contrato com a Salutar, como se eles estivessem errados por cobrarem seus direitos. A Santa Casa propôs parcelar a dívida com o Fundamp e pagar o gasto mensal dos atendimentos realizados no hospital, que não dá mais de R$500 mil – denunciou Rodrigo.
O vereador Luís Antônio Cardoso questionou o porquê da contratação emergencial, sem consulta ao conselho fiscal e deliberativo do Fundamp.
-Um serviço pago pelo funcionário e mandado pelo prefeito já está vedado ao fracasso. Por isso existem os conselhos, para que os funcionários sejam respeitados nas decisões tomadas. Mas nada adianta ter o conselho se o diretor executivo toma medidas sem consulta-los. O Fundamp é viável sim, basta fazer uma gestão transparente – declarou Luís Antônio.
Os vereadores se reunirão com o prefeito em exercício, Jorge Costa, para apresentação da proposta da Santa Casa e solução do atendimento médico aos funcionários públicos  e seus dependentes.