Movimento reivindica mais investimentos em assistência estudantil, melhor infraestrutura e contratação de professores
A ofensiva contra a retirada de direitos não para de
crescer. Nesta já são quarta-feira (19), vinte duas universidades que
somam forças às 769 escolas e Institutos Federais ocupados em todo país
na luta contra a PEC 241 – proposta do governo golpista que promete
congelar os investimentos em saúde e educação pelos próximos 20 anos, a
MP do ensino médio
No Paraná, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(Unioeste), a Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS), em
Laranjeiras do Sul e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) estão
ocupadas. Em Pernambuco, foram ocupadas dependências da Universidade de
Pernambuco (UPE) no campus da cidade de Petrolina e Palmares, bem como a
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). No Rio de Janeiro, o
campus Realengo do Instituto Federal e a Universidade Federal Rural do
estado (UFRRJ) também estão ocupadas. No Rio Grande do Sul, segue
ocupada a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
(UFCSPA). Recém-paralisadas nesta quarta estão a Universidade Federal
de Viçosa (UFV), a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em Salvador, a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em Natal.
A diretora de universidades públicas da UNE, Graziele
Monteiro, afirma que as ocupações refletem o descontentamento dos
estudantes com as propostas do governo.
”Essa PEC não corresponde aos anseios dos estudantes. Resistir, lutar e ocupar universidades é importante para garantir os nossos sonhos que os golpistas querem tirar”, disse.
MAIS PAUTAS
Reivindicações como a construção de restaurantes e
moradias universitárias, contratação de mais professores e mais
investimento na assistência estudantil também estão nas pautas dos
estudantes que tocam as ocupações.
Na Unioeste, primeira universidade a ser ocupada no
estado do Paraná, os estudantes lutam contra os ataques dos governos
federal e estadual e também contra à falta de respeito à educação,
lembrando o ataque aos professores paranaenses no dia 29 de abril de
2015.
A presidenta do DCE da Universidade de Pernambuco
(UPE), Ranielle Vital, conta que a ocupação da instituição vem sendo
organizada com muita luta e responsabilidade contra os desmanches na
educação e contra a PEC 241.
Por lá, a ampliação de verbas para a assistência estudantil também é reivindidação prioritária.
”A nossa UPE já sofre com a falta de investimento, essa PEC 241 é o desmanche total do nosso país, não podemos deixar passar”, alertou.
SECUNDARISTAS NA LUTA
A luta contra a MP da Reformulação do Ensino Médio, a
PEC 241 e a Lei da Mordaça reacendeu a Primavera Secundarista no
Brasil. Até o momento, 769 escolas estão ocupadas.
A UNE e a UBES tem acompanhado ativamente as
ocupações, participando das atividades, atos e manifestações. Você pode
acompanhar a lista de escolas ocupadas aqui.