Em
entrevista à imprensa hoje (30) no Rio de Janeiro, o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, defendeu a
redução do número de partidos políticos no país. Durante visita a uma
escola municipal na zona oeste da cidade, o ministro disse que algumas
medidas poderiam reduzir esse número, que ele considera “imenso”.
“A
cláusula de barreira ajudaria, a proibição de coligação [ajudaria].
Agora, quanto à definição do sistema eleitoral, é uma opção mais
complexa. Se vamos ter voto em lista, se vamos continuar com o sistema
de lista aberta, ou se vamos para um modelo distrital. Isso precisa ser
definido. E depois de acertado isso, podemos então definir qual é o
modelo de financiamento adequado”, disse.
O
ministro defendeu um limite de gastos para campanhas eleitorais, mas
disse que os limites desta eleição foram muito “restritos” para a
realidade do país. Segundo ele, caso se decida permitir novamente as
doações de empresas, também é preciso estabelecer limites.
“Não
podemos ter esse financiamento sem tetos, sem limites. Nós tivemos
empresas que, nas últimas eleições, de 2014, doaram R$ 500 milhões. É
uma quantia que não pode entrar na campanha vinda de um mesmo grupo
empresarial. A grande falha do sistema de financiamento empresarial
anterior foi a falta de limites”, disse.
Julgamento Dilma/Temer
O presidente do TSE também comentou o julgamento do TSE sobre a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência da República em 2014. Segundo ele, ainda é preciso definir se os dois terão julgamentos separados ou se o julgamento será único para a chapa.
“Nós
já temos um precedente em que se discutiu esse aspecto, mas tem
singularidades. Vamos ter que examinar esse tema novamente quando a
questão se colocar para julgamento”, disse Mendes.
Mendes
também falou sobre uma tensão entre o poderes Legislativo e Judiciário.
“De vez em quando, nós temos um pouco dessas tensões no ar. É normal,
que haja aqui ou acolá uma palavra mais ríspida e mais dura. Mas acabou
se resolvendo como se resolve normalmente esse tipo de conflito, com
diálogo e também com medidas judiciais cabíveis”, disse.https://br.noticias.yahoo.com/gilmar-mendes-defende-redu%C3%A7%C3%A3o-n%C3%BAmero-124300199.html