Prefeito
relatou ao procurador da República as ações já adotadas da atual
gestão
O
prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, se encontrou nesta terça-feira, dia
24, com o Procurador do Ministério Publico Federal, Júlio Araújo Junior, na
sede do MPF do município, no Aterrado. Na ocasião, Samuca relatou as ações já
adotadas da atual gestão como, por exemplo, a criação da Ouvidoria Municipal;
ampliação da atuação da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e
Casa do Conselho, além da Controladoria Geral do Municipal.
“No
atual cenário, de forma geral, quando um político é eleito esquece da
cidadania. Mas eu não. Quero ter contato com a população e um boa relação com
os demais poderes. Fizemos uma Controladoria Geral do Município; vamos resgatar
o Orçamento Participativo; criaremos a Casa do Conselho e já ampliamos a
atuação da Secretaria das (Políticas para as) Mulheres, atendendo também as
questões da Terceira Idade, da Homofobia e da Igualdade
Racial”, disse o
prefeito, ressaltando a
importância da transparência nos órgãos públicos. “Sou da área de controle
e prezo
muito por isso. Não vamos apenas disponibilizar a informação, mas também
deixá-la numa linguagem que o cidadão entenda”, garantiu o
prefeito.
Para
o procurador, há esvaziamento e burocratização dos conselhos municipais e falta
de transparência nos governos municipais. “Os conselhos não funcionam ou o
município
luta contra, inviabilizando o funcionamento. Os conselhos precisam ser
independentes, principalmente aqueles deliberativos. Gostei da importância que
o prefeito está tendo com a comunidade. Estamos discutindo a cidade e não
gestão. Questiono muito a transparência dos governos municipais. Quando falta
transparência, abre precedente à desconfiança”, afirmou Júlio
Araújo.
O
procurador do MPF também apresentou ao prefeito recomendações que o órgão fez
ao Governo Municipal. Entre elas, estão: o da Mobilidade Urbana; o Ministério
Público na Educação; Direitos da Cidade; Meio Ambiente e programa “Minha Casa e
Minha Vida”.
O
prefeito, por sua vez, informou que suspendeu na sexta-feira passada, dia 20, o
empréstimo de R$ 60 milhões da Caixa Econômica Federal por falta de projeto
amplo sobre a mobilidade urbana. “O que mais me incomodava era não ter um
projeto detalhado da mobilidade urbana e nem a discussão profunda com a
população sobre o assunto. Sempre critiquei a falta de planejamento de uma obra
pública e agora me deparo com essa situação”, ressaltou Samuca.
Outro
ponto abordado foi às ocupações irregulares do projeto “Minha Casa, Minha Vida”.
A Smac fez um levantamento que aponta que mais de 300 residências estão
ocupadas de forma irregular, até mesmo pelo tráfico de drogas. “É um
assunto delicado que precisamos discutir juntos para uma solução”,
disse o prefeito, que estava acompanhado
pelo secretário municipal de Planejamento, Júlio César de Abreu; do Procurador
Geral do Município, Fábio Fernandes da Silva; e o chefe do gabinete da Smac
(Secretaria Municipal de Ação Comunitária), Rodolfo Levenhagen.