A
Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, apresentou na tarde
desta quarta-feira, dia 22, o relatório das ações e atividades realizadas no
último quadrimestre de 2016. Os dados expostos demonstraram que no período
foram investidos apenas 21,85% de um montante de R$ 39.675.611,55 arrecadados
pelo município. O fato gerou um grande impacto na saúde, ocasionando o
fechamento das Upas (Unidades de Pronto Atendimento) do Centro, em setembro, e
da Região Leste, em dezembro, o funcionamento precário dos UBS (Unidades
Básicas de Saúde) e a suspensão de exames de mamografia e preventivo de colo de
útero durante oito meses, entre outras consequências.
O
relatório foi apresentado pela assessora de Planejamento de Saúde, Isabela
Correa, e acompanhado pelo secretário da Pasta, Sérgio Gomes, além dos
vereadores Vicente Carneiro Leão, Tiago Valério, Zélio Show, José Abel, Gilmar
Lelis, Elias Romeiro, Jaime Ales, Luiz Antônio Cardoso, Marquinhos Pitombeira,
Gilson Poxa Vida e Maria Lúcia.
Os
estudos apontaram índices preocupantes relativos à mortalidade infantil. Foram
registados oito óbitos infantis no primeiro quadrimestre; seis no segundo e
sete no terceiro quadrimestre. Com relação à mortalidade materna os números
apresentados dão conta que no primeiro quadrimestre ocorreram duas mortes de
parturientes e três no segundo quadrimestre. O secretário Sérgio Gomes atribuiu
os óbitos a falta de assistência médico-hospitalar. “Foi um descaso total com a
saúde, em específico à saúde da mulher. Consultas de pré-natal foram
negligenciadas, além dos exames de rotina, como o preventivo de colo de útero e
a mamografia”, disse.
UPAs
O
relatório apontou que a UPA Centro realizou 38.917 atendimentos no primeiro
quadrimestre; 30.042 no segundo e 2.082, no terceiro quadrimestre.
A
UPA da Região Leste prestou 13.176 atendimentos no primeiro quadrimestre;
12.841 no segundo e 1.519, no terceiro.
UBS
As
consultas médicas nas UBS no primeiro quadrimestre chegaram a 21.068; no
segundo quadrimestre a 26.745 e no terceiro despencou para 7.090.
CEM
Já
o Centro de Especialidades Médicas prestou 2.309 atendimentos no primeiro
quadrimestre; 3.862, no segundo e 1.591, no terceiro.
Ao
final da apresentação, os vereadores presentes relataram a sua indignação com
os dados e solicitaram o envio das informações para seus respectivos gabinetes.
Disseram apostar nas investigações do Ministério Público para apontar os
responsáveis pela má gestão na aplicação da verba da saúde.
Isabela
Correa disse que a Secretaria de Saúde já está em contato com a Justiça. “Toda
a documentação acerca das possíveis irregularidades estão sendo enviadas ao
Ministério Público. Queremos e vamos dar transparência as ações da Secretaria
de Saúde”, concluiu.