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Movimento autista reivindica direitos na Câmara de Barra Mansa


Portadores do espectro autista têm direito a acompanhamento  de profissionais especializados gratuitamente .
Representantes do Movimento Orgulho Autista, aproveitando o mês de conscientização sobre o autismo, estiverem presentes à sessão desta terça-feira, 18 de abril, na Câmara de Barra Mansa, solicitando o cumprimento da lei que ampara o portador do espectro autista. A lei federal 12764 reconhece o autismo como uma deficiência e prevê os direitos dos portadores da síndrome.
A  participante do movimento, Eliane Alves Policiano, destacou que a principal reivindicação, principalmente das famílias dos autistas, é por formas de inclusão. De acordo com Cláudia Moraes, também participante do Movimento Orgulho Autista, a sociedade vem perdendo cidadãos produtivos ao não incluir os portadores de autismo.
-Existem diferentes graus de autismo, muitos dos portadores têm um alto índice de genialidade, que é perdido pelos governos, que não  auxiliam em sua evolução – afirmou Cláudia.
O advogado do movimento também ressaltou a importância da inclusão dos autistas, tanto para os portadores, quanto para a sociedade.
-Existem diretrizes para incluir os autistas, entre elas, treinar, não somente os profissionais, mas os pais e familiares, para lidarem com a inclusão, por meio do amparo social e médico. É urgente a criação de um grupo condutor do autismo em Barra Mansa para dar um norte à sociedade em geral. A garantia legal dos autistas chega a ser poética, mas é preciso ser colocada em prática. As mães precisam, muitas vezes trabalhar de casa para poder prestar auxílio aos filhos autistas, mas eles necessitam ir à escola, participar de atividades sociais, mas com a devida orientação. Vamos estender a mão para essas mãos, para os autistas. Que seja com uma sala, com a quantidade de profissionais possíveis. Mas que seja agora – salientou Antônio
A vereadora Maria Lúcia Moura da Fonseca informou que, em visita ao Colégio Marcelo Drable, realizada na manhã da terça-feira, foi constatada a falta de profissionais especializados para atender aos autistas e demais portadores de deficiência. O colégio é um polo de atendimento aos portadores de deficiência no município.
-Na visita ao Colégio Marcelo Drable, a Comissão de Educação da Câmara verificou que muitas salas não contam com agente de apoio e por ser o colégio, um polo de inclusão, eram necessários, pelo menos 12 agentes. Não há nem previsão para contratação desses profissionais. Não adianta incluir os autistas sem capacitar os profissionais, não somente neste colégio, mas em toda rede. É preciso que o estabelecido em lei seja cumprido e vamos fiscalizar – afirmou Maria Lúcia.
A vereadora de Resende, Soraia Balieiro, também esteve presente à sessão para defender a criação de um grupo  de apoio aos autistas e às suas famílias. De acordo com a vereadora, muitas mães são abandonadas pelos pais ao diagnosticarem autismo em seus filhos. A coordenadora do programa de saúde mental de Barra Mansa, Maria Elvira, reafirmou que o governo municipal está apto prestar o atendimento necessário aos portadores de doenças mentais, incluindo os autistas, através do Capsi.