Em delação ao Ministério Público, o diretor de Relações
Institucionais e de Governo da JBS, Ricardo Saud, relatou, no último dia
7, que o grupo pagou R$ 80 milhões para a campanha do então candidato
do PSDB à Presidência, Aécio Neves. Principal braço direito de Joesley
Batista, dono da JBS, nas negociações com políticos do governo ou da
oposição, Saud não deu detalhes sobre a forma do repasse ao tucano, mas
disse que as "questões" eram na maioria das vezes "ilícitas".
O delator contou que Joesley sempre "correu" do
candidato. "Ele (Aécio) continuou pedindo mais dinheiro após a
campanha", relatou. Saud ainda contou que um homem de prenome Fred era o
interlocutor de Aécio para receber o dinheiro, sempre em shopping
center movimentado.
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O dinheiro era guardado por Fred numa mochila de cor
preta. Uma pessoa próxima de Aécio conhecida por Fred é o primo dele
Frederico Pacheco de Medeiros, preso no âmbito das investigações nesta
quinta-feira, 18. O delator ainda contou que pagava "propina" a dois
intermediários de Eduardo Cunha, Altair e Lúcio Funaro.http://odia.ig.com.br/brasil/2017-05-19/delator-diz-que-aecio-recebeu-r-80-mi-para-campanha-e-continuou-pedindo-mais.html