Fotos de pessoas felizes, famosos, viagens, dietas que
funcionam, alimentos saudáveis e vídeos de dança são só uma parte de
todo o mundo perfeito que é construído pelos usuários do Instagram. No
entanto, um estudo mostra que o aplicativo de fotos é uma das redes
sociais mais prejudiciais para a saúde mental.
De acordo com o estudo “#StatusofMind”,
da Royal Society for Public Health, o Instagram tem um impacto negativo
grande, principalmente entre as mulheres jovens. Os pesquisadores
entrevistaram 1.500 pessoas entre 16 e 24 anos sobre questões como
ansiedade, depressão e imagem corporal e determinadas tendências de suas
respostas.
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O resultado: das cinco plataformas sociais estudadas (Instagram,
Snapchat, Twitter, Facebook e YouTube), o Instagram foi o mais
prejudicial à saúde mental de um jovem, seguido pelo Snapchat e
Facebook, enquanto o YouTube apresenta um impacto o mais positivo.
"O Instagram facilmente faz com que as meninas e as mulheres se
sintam como se seus corpos não são bons o suficiente como das outras
pessoas e adicionam filtros e editam suas fotos para que elas pareçam
'perfeitas'", afirmou uma jovem anônima que é citada na pesquisa.
Os principais pontos negativos das redes sociais são:
- Ansiedade e depressão
A mídia social revolucionou a maneira como nos conectamos uns com os outros, porém, muitos jovens nunca conheceram um mundo sem acesso à Internet.
Acredita-se que a dependência de mídias sociais afete cerca de 5% dos jovens, sendo descrita como mais viciante do que o cigarro e o álcool. Os jovens mais viciados nas redes sociais chegam a gastar mais de duas horas por dia com o Facebook, Twitter ou Instagram e são mais propensos a sofrerem problemas psicológicos.
De acordo com o levantamento, um em cada seis jovens sofrerá um transtorno de ansiedade em algum momento de suas vidas e as taxas identificadas de ansiedade e depressão em jovens aumentaram 70% em relação ao passado. Ao se depararem com falsas realidades nas redes sociais, os jovens sofrem de baixa autoestima e busca do perfeccionismo. - Sono
O sono e a saúde mental estão fortemente ligados, como os jovens passam muito tempo nas redes sociais a ponto de dormirem mais tarde e perderem qualidade do sono por conta dos dispositivos eletrônicos, estão mais propensos a apresentarem sintomas, como pressão alta, diabetes, obesidade, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e depressão.
O relatório mostra que um em cada cinco jovens afirmam acordar durante a noite para verificar mensagens nas mídias sociais. - Autoimagem
A imagem corporal é um problema para muitos jovens: cerca de nove em cada dez adolescentes dizem que estão descontentes com o próprio corpo. As imagens publicadas nas redes sociais levam os jovens a fazerem comparações baseadas na aparência.
Estudos mostram que as mulheres que usam as redes sociais têm maiores preocupações com o corpo do que aquelas que não acessam as mídias. Além disso, houve um aumento no interesse de jovens por cirurgia plástica nos últimos anos: cerca de 70% das pessoas entre 18 e 24 anos considerariam passar por um procedimento cirúrgico estético. - Cyberbullying
A ascensão das mídias sociais fez com que crianças e jovens estivessem em contato constante entre si. Embora grande parte dessa interação seja positiva, ela também apresenta oportunidades para a prática de cyberbullying.
Sete em cada 10 jovens já sofreram cyberbullying, com 37% dos jovens afirmando que são vítimas de assédio cibernético frequentemente. - Medo de estar “por fora”
O conceito “Fear of Missing Out” ou “medo de perder alguma coisa” é recente, mas se tornou muito comum nas redes sociais: é basicamente o receio de não ser popular e a necessidade de estar conectado o tempo todo para saber o que as outras pessoas estão fazendo.
Para enfrentar o problema, a Royal Society for Public Health
pediu que as plataformas de mídia social tomem medidas para ajudar a
combater os sentimentos de inadequação e ansiedade dos jovens usuários,
colocando um aviso sobre imagens que foram manipuladas digitalmente ou
avisando quando a pessoa já está conectada há muito tempo.https://olhardigital.uol.com.br/noticia/estudo-instagram-e-rede-social-mais-prejudicial-para-a-saude-mental-dos-jovens/68513