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SMAC cadastra famílias para programa federal ‘Família Acolhedora’

SMAC cadastra famílias para programa federal ‘Família Acolhedora’
Acolhimento mais humanizado possibilita acompanhamento de desenvolvimento da criança e adolescente atendidos

Geracina Antônio tinha 63 quando conheceu o projeto Família Acolhedora, do governo Federal. Quando descobriu que podia se inscrever em Volta Redonda resolveu aderir a causa e todos os familiares apoiaram, marido, filhos e netos. Até mesmo sua mãe, que atualmente, tem 85 anos. “Quando eu conheci o projeto eu me apaixonei. Acredito que vale muito a pena”, ressalta. O projeto visa atender provisoriamente crianças e adolescentes de zero a 18 anos incompletos. O serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, vinculado ao departamento de Proteção Especial da secretaria municipal de Ação comunitária (Smac), realiza um trabalho de preparação das famílias que queiram participar do programa federal. E quem quiser participar do projeto pode se inscrever na Smac.

O serviço organiza o acolhimento em residências de famílias acolhedoras de crianças e adolescentes afastadas provisoriamente do convívio de sua família de origem, por meio de medida protetiva. Essa modalidade de atendimento visa propiciar o convívio familiar e comunitário – assim como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente – até que seja possível a reinserção em sua família de origem – nuclear ou extensa – ou, verificada a impossibilidade o encaminhamento para família substituta.

Dona Geracina se envolveu no projeto Família Acolhedora há cerca de cinco anos. Ela conta que já recebeu em casa quatro pessoas. “Algumas por mais tempo, outras por menos tempo. Tudo fica em nós, um pouco de cada um fica em mim, um pouco de mim eu sei que fica com eles. Mesmo que seja por pouco tempo”, disse.  
Por se tratar de um serviço especial de alta complexidade, a modalidade de acolhimento diferenciado não se enquadra no conceito de acolhimento institucional, nem no de colocação em família substituta, no sentido estrito, mas pode ser entendido como regime de colocação familiar, feito por meio de um termo de guarda provisória, emitido pela autoridade judiciária.

Os vínculos familiares, sua história e a identidade da criança ou adolescentes são preservados, sendo que a transferência de direitos da família de origem para outro adulto ou família é temporária.

A psicóloga e coordenadora do serviço na SMAC, Ana Cláudia de Lima Domingues, afirma que esta é uma modalidade de acolhimento mais humanizada. “Uma vez que possibilita a criança um acompanhamento na sua individualidade e no seu desenvolvimento, agregando a esta a convivência em família”, explicou.

Pessoas da comunidade, previamente cadastradas e habilitadas pelo serviço, poderão se candidatar como famílias acolhedoras. No entanto, alguns requisitos são exigidos: residir no município de Volta Redonda; ser maior de 25 anos, sem restrição de gênero e estado civil; não ser inscrito no cadastro de adoção; não possuir antecedentes criminais e não possuir parentesco com a criança ou o adolescente acolhido.

As avaliações para as famílias se cadastrarem no serviço exigem algumas condições que deverão ser avaliadas, através de entrevistas e capacitações. Cada família poderá acolher uma criança/adolescente por vez, exeto quando se tratar de grupo de irmãos.

Não há substituição da família, há parceria e colaboração. Além do acompanhamento dos profissionais envolvidos no serviço, as famílias  recebem um subsídio financeiro,equivalente a um salário mínimo, visando contribuir nas despesas com a criança e o adolescente”, afirma Maycon Abrantes, vice-prefeito e secretário de Ação Comunitária. 

Crianças e adolescentes, com ou sem comprometimento físico, mental ou sensorial, cujos pais ou responsáveis residem em Volta Redonda; estão  aptos a participar, havendo possibilidade de serem reintegrados junto à família de origem ou extensa.

O Serviço funciona na Sede da SMAC, no segundo andar. Os contatos devem ser feitos através do telefone 3339-9565. O e-mail é familiaacolhedora.smac@epdvr.com.br