Dia Mundial sem Tabaco: Mulheres são
maioria no programa de Controle ao Tabagismo em Volta Redonda
No Brasil, 23 pessoas morrem por hora
por conta do cigarro
No
Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta quarta-feira, dia 31, um dado chama a
atenção em Volta Redonda: de cinco mil pessoas inscritas no programa de
Controle ao Tabagismo e outros Fatores de Risco, na cidade, 70% são mulheres. No
último domingo, dia 28, a secretaria municipal de Saúde lembrou a data
distribuindo panfletos informativos sobre os malefícios do cigarro na Rua de
Lazer, na Radial Leste.
Segundo
a coordenadora do programa, Ana Lúcia Peixoto Quaresma, um dos principais
motivos é a junção do cigarro ao uso de anticoncepcional. “Com isso, elas
procuram
tratamento para não adoecer por terem maior risco com os problemas de
trombose”,
ressaltou, acrescentando que também há outras razões. “O homem quando
entra no grupo
geralmente logo sai, infelizmente, talvez por ser mais radical. Já a mulher é
um pouco mais persistente. Coisas da personalidade, relacionadas a preservação
da vida e preocupação com os filhos”, comentou.
As unidades
básicas de Saúde e de Saúde da Família de Volta Redonda, além do UniFOA (Centro
Universitário de Volta Redonda), no bairro Aterrado, oferecem o tratamento
contra o tabagismo. Os interessados devem procurar a unidade de saúde mais
próxima, levar identidade, comprovante de residência e cartão SUS (Sistema
Único de Saúde). O usuário passa por um teste, que discrimina o grau de
dependência
psicológica, comportamental ou física.
Depois,
a pessoa será inserida em um grupo cognitivo comportamental, onde irá
freqüentar reuniões por cinco semanas. De acordo com cada indivíduo, irá
receber o tratamento com adesivo e goma de mascar, que são repositores de
nicotina, além da bupropiona - um medicamento. “A pessoa será acompanhada
de um
médico especialista, onde irá passar para a fase de manutenção, que dura um
ano. Nesse período, o paciente freqüenta a unidade nos primeiros dois meses de
15 em 15 dias e depois uma vez ao mês. Mas nada impede de que ela vá mais
vezes”, ressaltou Ana Lúcia.
No
Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, 23 pessoas morrem
por hora por conta do tabaco.