Sul Fluminense sente
crescimento do agronegócio
Busca por capacitação na área
atrai centenas de pessoas na região
No início deste mês, o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto
Interno Bruto) do país cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano em relação ao
quarto trimestre de 2016. O principal fator para o resultado positivo no
período foi o desempenho do agronegócio, que cresceu 13,4%. Os dados do Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), órgão ligado ao Ministério do
Trabalho, mostram que o agronegócio novamente ajudou a segurar as pontas da
economia brasileira, desta vez com contribuição para desacelerar o crescente
desemprego no país.
“No primeiro trimestre, o
Brasil voltou a gerar postos de trabalho na agropecuária. As contratações
superaram as demissões em 14.091 vagas de janeiro a março, uma variação
positiva de 0,92%”, apontou Adilson Rezende, presidente do Sindicato Rural de
Barra Mansa. Em abril, os números do setor foram novamente positivos: as contratações
superaram as demissões em quase 60 mil vagas.
Para Adilson, o bom resultado
do agronegócio tem refletido no aumento da procura por qualificação
profissional no Sul Fluminense. Prova disso, são as turmas cheias do curso
técnico em Agronegócio, oferecido pelo Sindicato Rural de Barra Mansa em
parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). “Neste sábado,
dia 10, todas as salas de aula do Sindicato estavam cheias de alunos do curso,
todos em busca de capacitação na área”, comentou Adilson.
Além do curso técnico, a
entidade oferece, gratuitamente, diversas palestras com temas voltados para o
agronegócio. “As salas ficam cheias e isso mostra o empenho não só dos
produtores rurais por melhorar seu negócio, mas também o interesse de
profissionais de outras áreas em conseguir um emprego no setor que mais cresce no
país”, argumentou o presidente do Sindicato Rural.
O contador carioca Wagner da
Silva, de 52 anos, veio da capital fluminense neste sábado, dia 10, para
participar da aula presencial do curso técnico em Agronegócio. Desempregado,
ele vê no setor uma grande oportunidade de se reinserir no mercado de trabalho.
“O meio rural sofreu grandes transformações nos últimos 20 anos, exigindo
profissionais capacitados para trabalhar. Quis dar uma guinada na minha vida e
decidi investir em cursos voltados para o agronegócio pois tenho certeza que
terei sucesso”, afirmou Wagner.
De acordo com uma pesquisa
feita pela empresa de consultoria e recrutamento Page Personnel, nos quatro
primeiros meses do ano, a procura por profissionais que possuem um curso dessa
modalidade no currículo cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
“O setor despertou interesse de novos alunos após a crise instalada no Brasil.
Estamos melhorando a qualidade dos profissionais e gerando oportunidade de
empregabilidade, fatores determinantes para o crescimento da região”, finalizou
Adilson.