Objetivo dos trabalhos é incentivar a preservação do meio ambiente, a geração de trabalho e renda e redução dos custos com limpeza pública
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Barra Mansa tem
atribuições que vão além do abastecimento de água no município. A autarquia é
responsável também por diversas questões ambientais na cidade com objetivo de
conscientizar e incentivar a população à reciclagem e preservação do meio
ambiente. O programa de Coleta Seletiva, recentemente reestruturado, voltou a
funcionar em maio deste ano através da Coordenação de Resíduos Sólidos (CRS).
“Atualmente atendemos 32 bairros dos 88 da cidade, recolhendo e
processando aproximadamente 45 toneladas de material reciclável por mês,
oriundos de domicílios, lojas, empresas, etc. Com o apoio do governo municipal,
estamos trabalhando para ampliar a área de coleta e, consequentemente o volume
de material reciclado”, conta o coordenador da CRS, Jackson Rabelo,
acrescentado que a meta é recolher 100 toneladas de material reciclável.
Setor importante para o programa de Coleta Seletiva, a CoopCat
(Cooperativa Mista de Catadores de Materiais Recicláveis de Barra Mansa) conta
com cerca de 21 cooperados trabalhando. Localizada
no bairro Ano Bom, a CoopCat recebe todo o material coletado realiza a triagem,
empacota e vende a recicladores que, por sua vez, comercializa para as
indústrias de transformação. Toda a renda ganha é destinada aos próprios
cooperados.
Essa dinâmica de trabalho faz parte de um dos três pilares de
atividades do programa de Coleta Seletiva: preservação do meio ambiente, sendo
o principal objetivo; atendimento e geração de trabalho e renda para os
catadores e cooperados e redução do custo com a limpeza pública.
Descarte de Lâmpadas
Outra preocupação da CRS é
a questão dos materiais eletroeletrônicos e lâmpadas, como o caso das
fluorescentes. Cada lâmpada contém uma carga forte de mercúrio em forma de vapor
que, em contato com o meio ambiente se liquefaz e, geralmente, é arrastado pela
chuvas para os córregos, rios e para o mar.
“Esse metal é letal para os peixes, eles absorvem isso na água e o
homem que consome esse peixe pode ter problemas sérios nos rins e fígado que
podem levar à morte. Por essa razão, temos que dar a elas o destino correto.
Temos legislações próprias para que isso aconteça”, explica Jackson.
A lei 12.305/2010 que define a política nacional de resíduos
sólidos fala sobre logística reversa, definindo que quando uma lâmpada queima,
o consumidor é obrigado a devolvê-la ao ponto de venda, onde será destinada
para reciclagem.
“100% da lâmpada fluorescente é reciclada,
inclusive o gás. Esse gás após alguns processos físicos/químicos, volta ao seu
estado natural e pode ser usado na fabricação de outras lâmpadas. Nós estaremos
fazendo essa campanha, para que a população possa exercer esse direito de
preservar o meio ambiente através do descarte correto desse material. Estaremos
seguramente retornando com o Eco Lâmpadas esse ano ainda”, pontua o
coordenador.
A Coordenação de Resíduos Sólidos do Saae também é responsável pela
coleta de lixo urbano e hospitalar, recolhimento de animais mortos, limpeza do
sistema de drenagem, limpeza de córregos e rios, fiscalização de terrenos
baldios, fiscalização e recolhimento de entulhos dispostos nas ruas pela
população, educação ambiental voltada para a limpeza pública, varrição da
cidade e capina.
Eco Óleo
O projeto Eco Óleo, criado em 2010,
trabalha combatendo o descarte irregular do óleo de cozinha, através de
campanhas de conscientização para a população e de serviços de coletas em
bares, restaurantes, lanchonetes e residências. O objetivo principal do projeto
é conter a contaminação de rios, solos e tubulações do município.
Nos últimos dois meses, o
projeto destinou mais de 1500 litros de óleo de fritura coletados na cidade para
cooperativa Coopcat, que recebe todo o óleo coletado, filtra e vende para a
fabricação de tinta, sabão e biodiesel. A meta do Eco Óleo é recolher 1500 litros por
mês, totalizando 18 mil litros por ano.