Relatório da agência da ONU mostrou que problema ocorre em relação à
renda, saúde, educação e bem-estar; nações mais desenvolvidas estão
fracassando na ajuda aos menores mais pobres.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirmou que as
desigualdades entre as crianças estão aumentando nos países mais ricos.
O relatório "Justiça para Crianças: Tabela da Desigualdade no
Bem-Estar das Crianças nos Países Ricos" fornece uma análise detalhada
do problema em 41 nações da União Europeia e da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Ocde.
Fracassando
O documento diz que numa comparação geral, Canadá, França, Islândia,
Itália e Suécia, que antes ocupavam posições no meio e no topo da
tabela, agora estão entre os últimos.
Segundo o Unicef, os países ricos estão fracassando na ajuda às
crianças que estão entre os 10% mais pobres da sociedade em relação à
renda e à saúde.
A Dinamarca ocupa a primeira posição da lista com pouca desigualdade
entre os fatores analisados, que além da renda e da saúde incluem
educação e bem-estar. Israel e Turquia estão nas duas últimas
colocações.
Renda
No caso da renda, as maiores desigualdades, de pelo menos cinco
pontos percentuais, aconteceram em sete países, entre eles, Portugal,
Espanha, Grécia e Itália.
Estados Unidos e Japão também aparecem com mau desempenho nesta área.
Em relação à educação, os piores números foram registrados na
Finlândia e Suécia. Já os maiores avanços ocorreram no Chile, México,
Alemanha e República Tcheca.
A desigualdade aumentou na questão da saúde na maioria das nações e o
bem-estar, numa escala de "zero a 10" registrou entre três e oito
pontos no geral.
Solução
Para solucionar o problema, o Unicef recomenda que os países adotem medidas para proteger a renda das famílias mais pobres.
O foco deve estar na melhoria da educação e na promoção e apoio a estilos de vida saudáveis para crianças.
Além disso, a agência da ONU disse que os governos devem ter a
igualdade no centro da agenda de bem-estar das crianças e as opiniões
dos menores devem ser incluídas no processo de coleta de dados