O Uber já testou um serviço de transporte aéreo com helicópteros,
que era muito caro e bem limitado; só era possível partir ou chegar em
pontos específicos de São Paulo por centenas de reais. Mas o Uber
Elevate pode mudar isso num futuro não muito distante: a empresa quer
oferecer uma modalidade de transporte por meio de veículos elétricos
voadores que, no futuro, não precisariam nem de pilotos humanos.
Os
veículos VTOL (Vertical Take-off and Landing) seriam produzidos por
empresas parceiras e consistiriam de aeronaves leves capazes de decolar
ou pousar na vertical nos helipontos ou nos terraços de prédios. Eles
seriam mais silenciosos que os helicópteros e poderiam voar até 190
quilômetros de distância a uma velocidade de até 270 km/h. E o embarque
ou desembarque seria possível em dois ou três minutos.
A
ideia do Uber é simples: “Assim como os arranha-céus permitiram que as
cidades utilizassem um terreno limitado de maneira mais eficiente, o
transporte urbano aéreo vai aproveitar o espaço aéreo tridimensional
para aliviar os congestionamentos no solo”. O Uber acredita que o
transporte aéreo é menos suscetível a engarrafamentos porque o VTOL não
precisa seguir rotas pré-definidas, diferente dos carros, ônibus e
trens, que andam em trajetos específicos, gerando congestionamento em
determinadas vias.
Os detalhes do Uber Elevate estão num documento extenso de 98 páginas.
O transporte aéreo seria bem caro no começo, mas deve ficar mais barato
que o transporte por terra à medida que for mais utilizado. Isso porque
o maior gasto estaria na fabricação dos primeiros VTOLs — no entanto,
como esses veículos seriam compartilhados entre os usuários do Uber, o
pagamento das corridas amortizaria os carros voadores e diminuiria os
preços para todo mundo.
As estimativas são animadoras. Uma viagem
da Avenida Paulista, em São Paulo, para Campinas, sai por US$ 52 pelo
UberBlack e demora 2h10min, considerando o congestionamento médio por
terra. Pelo VTOL, a mesma viagem duraria 18 minutos a um custo inicial
de US$ 153, valor que cairia para US$ 50 no curto prazo e apenas US$ 24
no longo prazo.
O
problema de tentar oferecer o mesmo serviço com helicópteros é que eles
são “barulhentos, ineficientes, poluentes e caros para uso em larga
escala”. Já nos VTOLs, segundo o Uber, “em altitude de voo, o ruído será
quase inaudível”, mesmo durante pousos e decolagens. Eles também serão
mais seguros porque vão utilizar tecnologia autônoma para eliminar os
erros humanos.
O Uber acredita que os veículos elétricos voadores
eficientes para o Uber Elevate cheguem em alguns anos — já existem
projetos em desenvolvimento avançado, e a expectativa é que o serviço
comece a funcionar na próxima década. Antes disso, claro, a empresa deve
enfrentar uma série de obstáculos, como o custo das aeronaves e a
aprovação do serviço junto a órgãos de regulação de tráfego aéreo, como a
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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