Trabalho
realizado em parceria com ONGs contribuem para bons resultados
O
Centro de Zoonoses de Volta Redonda já realizou quase 900 cirurgias de castração
em cães e gatos nos três primeiros meses de 2017. O número já é bem superior ao
mesmo período do ano passado, quando foram realizados apenas 300 procedimentos.
No Centro de Zoonoses são operados, diariamente, entre 20 a 25 animais. Só no
mês de março, 184 cães e 181 gatos foram castrados gratuitamente em Volta
Redonda, sendo que as fêmeas correspondem a mais de 80% dos atendimentos.
O centro é formado por
duas
equipes com veterinários e auxiliares. A maioria dos animais atendidos tem um
lar. Segundo o veterinário responsável pelas cirurgias, Marcos Venturini, o
crescimento das castrações deve também ao comprometimento das ONGs de proteção
aos animais e, por meio dessa parceria, uma vez por semana, o Centro de
Zoonoses dedica um dia inteiro às castrações de animais resgatados nas ruas.
“A capacidade na
otimização
do trabalho da equipe é muito importante para realizar as cirurgias. As ONGs
também têm uma grande importância para o número de castração ser tão grande. A
demanda é bem maior, elas fazem o trabalho de controlar os animais de
rua”,
afirmou Venturini.
As três ONGs que existem
na
cidade, são responsáveis por resgatar, castrar e colocar os animais para a
adoção. A ONG Amigas dos Bichos, não tem sede, mas promove o recolhimento de
animais vitimados. “Desde o começo do ano as ONGs têm um dia na semana
dedicado a
castração desses animais resgatados. Nosso foco são os animais vítimas de
acidentes e maus-tratos. Já resgatamos 17 animais esse ano. Antes, demorava até
oito meses para operar os animais das entidades, agora, com um dia na semana,
facilitou e isso traz mais dignidade aos animais”. disse a presidente
da ONG, a psicóloga Thaise Heringer.
Segundo, Vladimir
Magalhães,
professor e voluntário no SPA (Sociedade Protetora dos Animais), a cidade está
com muitos animais abandonados e castrar é a melhor saída para diminuir a
população
de animais nas ruas. “Já temos muito animais nas ruas da cidade.
Antes demorava muito para sermos atendidos e agora tendo um dia para atender só
as ONGs o processo é mais rápido e estamos conseguindo progredir”,
afirmou Magalhães.
O objetivo do Centro de
Zoonoses é zerar a demanda reprimida na cidade. Volta Redonda não conta com
serviço de recolhimento de animais de rua, por isso a importância da atuação
das entidades de proteção aos animais junto ao setor de zoonoeses e a Secretaria
de Saúde. De acordo com Marcos Pinheiro, vigilante que levou seu ‘melhor amigo’
para castrar, o serviço é importante para a população.
“O meu cachorro tem
um ano e
dois meses. Estávamos esperando há 10 meses por essa cirurgia. Esse serviço é
muito importante para a população e também para a saúde do animal. Vou indicar
para mais pessoas, porque fiquei feliz com o serviço realizado
aqui”, disse
Marcos.
O número de fêmeas, tanto
de
gatas quanto de cadelas, é bem superior ao de machos. Mais de 700 cirurgias
foram realizadas em fêmeas. Para o pedreiro, Sidney Soares, operar suas duas
cadelas foi a melhor opção.
“Já tinha castrado
meus
outros cachorros aqui. Cheguei a ter 20 animais na minha casa. Hoje, a Nina e a
Branca vão operar. As duas são mais tranquilas que os outros quatro machos que
tenho. A mais velha têm 11 anos e é mãe da mais nova. Não é legal abandonar
animais,
acho isso uma crueldade, mas tem gente que faz. Eu prefiro castrar e evitar as
crias, assim convivemos com eles até o fim da vida”,
reforçou
Sidney.