Cooperativas
de coleta seletiva de Volta Redonda têm contrato firmado com Governo Municipal
Prefeitura
de Volta Redonda pagará R$ 625 reais por cada tonelada de lixo reciclável
Em
reunião nesta quarta-feira, dia 12, com representantes das três cooperativas de
coleta seletiva de Volta Redonda, o prefeito Samuca Silva anunciou a
contratação das três instituições existentes na cidade. Elas serão responsáveis
para realizar a coleta seletiva de lixos recicláveis. A prefeitura ofereceu em
pagar
R$ 625,00 por cada tonelada recolhida e reciclada, além de uma verba R$ 42 mil
mensais para o aluguel de veículos para realizar a coleta, o que foi aceito
pelas cooperativas. O recurso para o transporte do lixo valerá por um ano, até
que as cooperativas tenham condições financeiras para adquirir um veículo
próprio.
“As
cooperativas têm que ser autônomas o máximo possível. A prefeitura pode dar um
apoio por um período, mas sou a favor da independência total das cooperativas.
Quero que Volta Redonda seja referência na coleta seletiva. Quero conhecer bons
modelos para adotarmos no município”, disse Samuca Silva.
Atualmente,
de acordo com as cooperativas, são recolhidas 100 toneladas de lixo reciclável
por mês, o que correspondem a 5% do total da produção de lixo em Volta Redonda.
A meta das cooperativas é que esse número aumente para 300 toneladas mensais
ainda em 2017.
“Agora,
os catadores de recicláveis serão microempreendedores. Vamos tratá-los como uma
empresa que presta serviço à prefeitura. Haverá cobrança na qualidade de
serviço, o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) e na organização das
cooperativas”,
ressaltou o secretário municipal de Meio
Ambiente, Alfredo Peixoto.
A
secretaria fará um cronograma de dias e horários para a coleta em cada bairro
das três cooperativas. O Governo Municipal vai manter os dois atuais locais de
armazenamento do lixo reciclável na Vila Santa Cecília (próxima à Cicuta) e no
bairro Voldac. Quem também participou do encontro foi o defensor público
Cláudio Luiz dos Santos, que é membro do Grupo Nacional de Catadores e
Catadoras. Ele elogiou a postura da prefeitura de Volta Redonda e crê na
mudança da mentalidade da população em relação à coleta de lixo reciclável.
"Uma
abertura de diálogo como está acontecendo em Volta Redonda é muito positivo.
Precisamos ter o olhar da realidade e a Defensoria sempre será parceira dos
catadores de recicláveis. É a vontade da prefeitura de ajudar os catadores é
importantíssima para o Meio Ambiente",
disse o defensor público. Segundo ele, apenas 18% das cidades do país possuem
cooperativas de coleta seletiva.
Maria
Nazaré dos Santos, representante da cooperativa ‘Cidade do Aço’, destacou a
importância que o novo governo está dando aos catadores: “Nem todos os
políticos dão a
importância merecida aos catadores”, resumiu. Valeria Lurdes Martins,
da cooperativa Reciclar-VR, concordou e completou: “Vamos sair da
precariedade.
Muitas famílias hoje dependem da coleta de recicláveis em Volta
Redonda”.
“Acredito
também que com essas medidas, em parceria com a prefeitura, vamos aumentar o
número de cooperativados. E, por conseqüência, aumentaremos o número de
toneladas de lixos recicláveis coletados”, disse Euvaldo Luiz,
representante da cooperativa Folha Verde.